A Câmara Municipal de Salvador volta aos trabalhos hoje com a leitura da mensagem do prefeito ACM Neto (DEM) aos vereadores.
A Câmara Municipal de Salvador volta aos trabalhos hoje com a leitura da mensagem do prefeito ACM Neto (DEM) aos vereadores. Após o rito, começam as discussões sobre o futuro da liderança de oposição, que está rachada. Desde o início de 2019, os adversários da gestão carlista se dividiram em dois grupos: bancada de oposição e bloco parlamentar de oposição. Procurado pela reportagem, o atual líder da bancada, Sidninho, disse que não acredita na união do grupo. “Nesse primeiro momento, muito difícil”, afirmou.
Questionado se ainda existe o acordo de rodízio para os partidos ocuparem a bancada, o vereador afirmou que o Podemos deve continuar no posto. “Com o surgimento do bloco de independente de oposição, a ideia é fazer o rodízio por biênio. Mas vamos discutir no início dos trabalhos”.
A atual vice-líder do bloco parlamentar, Aladilce Souza (PCdoB), não se posicionou sobre o caso. “Ainda não discutimos nada em relação a esse assunto. Após o recesso teremos uma posição”.
A sessão de reabertura dos trabalhos, no Plenário Cosme de Farias, será dirigida pelo presidente da Câmara, vereador Geraldo Júnior (SD). O presidente convida o prefeito ACM Neto para fazer a leitura da Mensagem do Executivo Municipal. Como é de praxe nesses eventos, o prefeito fará um balanço das ações realizadas e a perspectiva para 2020.
“Teremos um período legislativo dos mais produtivos, como vem ocorrendo ao longo dos anos nesta Casa, notadamente na 18ª Legislatura. Mais uma vez, todos os vereadores vão continuar dando a sua parcela de contribuição para a melhoria da cidade com proposições de interesse público. Como eu tenho afirmado e venho mostrando na prática com ações efetivas, o futuro da cidade passa pela Câmara. Neste ano, mesmo com as eleições municipais, não será diferente”, afirma o presidente Geraldo Júnior. A 4ª Sessão Legislativa corresponde ao último período da 18ª Legislatura, iniciada em 2017.
Produtividade
O ano de 2019 foi dos mais produtivos na Câmara Municipal de Salvador. De acordo com a Diretoria Legislativa, a Câmara realizou 116 sessões ordinárias, 65 solenes, 77 especiais e duas itinerantes. Os vereadores apresentaram 411 projetos de lei em 2019 e aprovaram 68, além de outros 41 de anos anteriores.
Foram emitidos 1.571 pareceres e os parlamentares estiveram à frente de 25 audiências públicas. As comissões permanentes e temporárias da Câmara também tiveram atuação destacada com a realização de 29 visitas técnicas, 186 reuniões e cinco eventos especiais. A Tribuna Popular foi ocupada 32 vezes e houve 4.519 discursos proferidos no Plenário Cosme de Farias.
Prévias – Ao lado da militância e de grupos sindicais e sociais de Salvador e de municípios do interior da Bahia, o vereador Luiz Carlos Suíca (PT) disse não abrir mão da disputa interna do Partido dos Trabalhadores para a escolha do nome que vai concorrer nas eleições deste ano. Ontem (2 de fevereiro), no Rio Vermelho, o edil soteropolitano reforçou o pedido de prévias e afirmou que “a ação movimentaria Salvador e mobilizaria a militância para reforçar a luta contra o carlismo”.
“O PT tem grandes chances de sair ainda mais forte de uma prévia. E se isso não acontecer, tenho certeza que as executivas estadual e municipal do partido farão de tudo para que a escolha seja unânime e com a participação do governador Rui Costa. Estive com ele no sábado e dialogamos sobre as estratégias para o semestre que antecede as eleições”, afirma Suíca. Para o vice-líder da oposição na Câmara de Salvador, os trabalhadores podem levar a disputa com o grupo carlista para o segundo turno.
“Salvador precisa ter um governo comprometido com o povo pobre e não com os ricos. Temos que fazer as mesmas obras que os carlistas fazem em bairros nobres nos bairros periféricos, mas mais do que isso precisamos colocar o povo no centro do poder. Seja Vilma, Fabya ou Denice, quem o PT escolher seremos bem representados”, completa o vereador ao lado do presidente municipal do partido, Ademário Costa, do ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, e de políticos como Luiz Alberto e Sílvio Humberto.