Detalhes foram revelados pelo secretário Afonso Florence, em entrevista ao Portal A TARDE
O secretário estadual da Casa Civil, Afonso Florence (PT), revelou ao Portal A TARDE que as perfurações autorizadas pela Superintendência de Patrimônio da União (SPU) na última semana são a sondagem para os pilares que deverão ser instalados no processo de construção da Ponte Salvador-Itaparica.
De acordo com Florence, cada pilar da ponte deverá ter, em média, 160 metros de altura e a concessionária chinesa que vai construir e operar o equipamento precisa perfurar antes os locais, para instalar a estrutura da maneira mais segura possível.
“A sondagem é para cada um dos pilares. A média estimada é de 60 metros de água e 100 metros de subsolo. Claro que varia. Vai ter uma hora que é 70, 80 de água e 60 de subsolo, de rocha. Varia a profundidade e varia o tipo de solo. Mas nós estamos falando aqui já dos pilares. O que é que tem em cada base, no solo, onde haverá um pilar. Então é um andamento real da evolução do projeto executivo da ponte, que está previsto no contrato”, explicou Florence.
Segundo o chefe da Casa Civil, neste momento, o governo do estado está na fase final das negociações sobre os quatro termos aditivos que deverão ser feitos no contrato com a concessionária da ponte. Para ele, essas alterações são importantes para adaptar o texto contratual ao contexto mundial posterior à pandemia de Covid-19.
“A empresa vai executar. Não é uma obra da ponte. É um contrato que tem obra. Mas é a operação de um sistema viário pedagiado. Ao mesmo tempo, estamos prestes a concluir a negociação dos quatro aditivos que fecharão esse ciclo de adequação do contrato ao contexto de pós-pandemia. Porque o contrato foi assinado em 2020 e ele desequilibrou com a recessão decorrente da pandemia. Agora estamos negociando a adequação desse contrato a esse novo contexto”, analisou Florence ao Portal A TARDE.
“São quatro aditivos em negociação: um de aumento de risco cambial; um da sondagem; outro de desenvolvimento do projeto de uma dragagem de acesso de navios ao porto com segurança para a ponte; e o último do que se chama capex, que é, digamos assim, o investimento a ser feito na ponte. Esses quatro aditivos estão em fase final de conclusão. São negociações com base econométrica complexa, projetando a operação de 35 anos” acrescentou.
Florence ainda explicou que o pedido de autorização à SPU se deu porque a Baía de Todos-os-Santos é uma área pertencente à União, precisando de documentação federal para a realização das perfurações.
“A empresa solicitou a autorização porque é em uma terra da União. E obteve a autorização. Então, agora, além da perfuração em solo e em águas rasas, começará a ser feita em águas profundas. Ou seja: no meio da baía. Vamos preparar já para fazer o projeto estrutural de cada pilar. O projeto da ponte está em evolução e será concluído”, garantiu o secretário.