quarta-feira, 10 setembro, 2025

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Oito presos na “Operação Grilagem S.A.” por esquema de terras na Bahia

Oito pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira (4), durante a “Operação Grilagem S.A.”, deflagrada pelo Ministério Público da Bahia (MPBA) e pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) em Salvador, Candeias e Camaçari. Elas são investigadas por integrar uma organização criminosa especializada na apropriação ilegal de terras urbanas e rurais, além de crimes como corrupção ativa e passiva. Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão.

Entre os presos estão quatro policiais investigados de usar a função para favorecer as ações do grupo criminoso. Dois empresários também foram alvos, sendo que um deles foi preso em flagrante. A operação representa a terceira fase da “Operação Crickets” e contou com a participação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco/MPBA), da Força Correcional Especial Integrada da Corregedoria Geral da SSP (Force), e das Corregedorias das Polícias Militar e Civil.

Segundo o Gaeco, a quadrilha atuava de forma estruturada, dividindo suas ações em cinco etapas: identificação e invasão de terrenos, intimidação de opositores, construção de edificações, falsificação de documentos para regularização da posse e, por fim, a venda dos imóveis a terceiros de boa-fé. Para manter o controle das áreas, o grupo recorria a violência e ameaças, com o apoio de agentes de segurança pública.

Denúncia

A “Operação Grilagem S.A.” é um desdobramento da “Operação Crickets”, deflagrada em março de 2022. As investigações do Gaeco já resultaram em denúncia criminal aceita pelo Tribunal de Justiça da Bahia. A ação penal, que tramita sob segredo de Justiça, aponta o envolvimento de policiais e servidores públicos em fraudes para legalizar terras invadidas, manipulando processos administrativos e garantindo a impunidade da organização.

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