domingo, 20 julho, 2025

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Prefeitura vai instalar armadilhas para capturar ovos do Aedes Aegypti

Tecnologia é uma parceria com os governos Federal e Estadual e será implantada a partir da próxima semana

Uma nova tecnologia será empregada na luta contra o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungnia em Salvador. É um aparelho que lembra o interior de uma coméia e que age como uma esponja. São cerca de 700 equipamentos, sendo que ele serão aplicados de quatro em quatro distritos por vez. A capital também vai operar com drones para identificar focos dos mosquitos. Atualmente, Salvador tem 1.066 casos prováveis de dengue.

Na prática, os agentes de endemias escolhem casas e áreas específicas para implantar o equipamento. Parte do aparelho fica mergulhada em água parada e outra parte ao ar livre. O mosquito põe os ovos e alguns dias depois as equipes retornam e recolhem o material que será analisado em um laboratório. Segundo a vice-prefeita e secretária municipal de Saúde, Ana Paula Matos, o objetivo é mapear as regiões com mais infestações e identificar os tipos de mosquitos mais presentes.

“A gente coloca nos distritos e verifica quais são os locais que têm mais larvas. Pelo número de larvas dessa armadilha é que a gente vai verificar onde incidir mais a aplicação dos produtos e o trabalho com os agentes. Hoje, isso é feito um a um, com o agente recolhendo caso a caso. Agora, eu vou descobrir pelo ambiente, como se fosse um pluviômetro que mede a quantidade de chuva, quais locais têm mais incidência”, explicou.

Outra novidade é o uso de drones para identificar focos do mosquito na cidade. Atualmente, algumas pastas já têm o equipamento, mas usa de forma individual. É o caso, por exemplo, da Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (Semit) e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur). A vice-prefeita informou que, agora, as ações serão coordenadas.

“Nós já usamos drones, a Saúde, a Sedur e outras pastas, mas não como uma política pública de estratégia contra a dengue. Hoje, se recebemos uma denúncia, temos os nossos drones e fazemos a avaliação. Agora, estamos buscando junto com a Semit ampliar esse uso para ter maior efetividade. Até então a prevenção funcionou, mas como abril é um período de muita chuva e março tem mistura de chuva e sol, vamos redobrar a atenção”, explicou.

Desde setembro, a SMS inspecionou 6.766 imóveis na cidade, sendo que em 118 deles havia focos de reprodução do Aedes aegypti. Além disso, foram inspecionados 31 mil depósitos e realizadas 959 ações do coletivo, sendo 260 em escolas, 240 em praças, 110 unidades de saúde e 89 em hotéis e outros estabelecimentos comerciais. Completando os dados, também foram realizadas no período 3.500 ações de educação nos 12 distritos sanitários da capital baiana.

Agentes trabalham para acabar com os focos do mosquito Crédito: Marina Silva/ CORREIO

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