Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram Guarda Municipal agredindo manifestantes da categoria
A categoria, que está mobilizada no espaço interno da sede do município desde a quinta-feira, 31, acusa a Tropa de Choque do órgão de tentar retirá-los do prédio à força e com agressões físicas.
De acordo com informações do portal Acorda Cidade, houveram denúncias de espancamentos por parte da força municipal e vídeos de agressões começaram a ser divulgados nas redes sociais.
“Isso é um absurdo o que está acontecendo aqui hoje, a Guarda batendo nos professores, nos vereadores, batendo em todo mundo. Nem na época de ACM, na época da ditadura aconteceu isso em Feira. Dei a Câmara para as pessoas negociarem, mas o prefeito quer negociar debaixo de porrada, batendo em gente”, declarou o vereador Fernando Torres (PSD) ao Acorda Cidade.
A categoria decretou estado de greve por tempo indeterminado até que o prefeito Colbert Martins (MDB) e a secretaria de Educação de Feira atendam as reivindicações da categoria, que incluem reajuste salarial, pagamento integral do salário, licença prêmio, melhores condições de trabalho, mais contratação de professores e merenda escolar.
Na última quinta, 31, o ato dos professores já havia sido reprimido com o uso de gás de pimenta pelas força municipal.
O que diz a prefeitura
Em nota divulgada na última quinta, a Prefeitura de Feira de Santana informou que a manifestação, a que chamou de “político-partidária”, não foi pacífica e que a Guarda Municipal agiu “dentro do necessário para exclusivamente defender o patrimônio público, até porque o prédio é tombado como patrimônio histórico e cultural”.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o prefeito Colbert Martins afirmou que tem ouvido as pautas e demandas da categoria e repudiou “veementemente” as ações violentas perpetradas contra os manifestantes e o “clima de terror e caos” que se instalou e que difere da maneira como a Prefeitura tem conduzido o processo.
“A greve é sempre um instrumento legal da classe trabalhadora, mas entendemos que esse é um mecanismo que só deve ser utilizado quando não existe um diálogo e a busca pelo entendimento. Esta não é a realidade em Feira, onde estamos em busca da solução”, afirmou.
Também em nota, o sindicato da categoria, APLB, repudiou o que chamou de “repressão policial durante manifestação pacífica” e exigiu retratação do prefeito. “A APLB tomará as providências cabíveis para que os direitos dos profissionais de ensino sejam respeitados”.