A Biblioteca Central do Estado, unidade vinculada a Fundação Pedro Calmon (FPC), recebe pela primeira vez o cantor e compositor internacional Ramiro Naka. Conhecido como o Rei do Gumbé, Naka é original de Guiné-Bissau e também é autor, intérprete, ator, contador de história e pintor. Com diversos álbuns lançados, ele vai apresentar o último trabalho, chamado ‘Gumbé blues Kréol’, nesta sexta-feira (23), às 18h, no quadrilátero da biblioteca, nos Barris, em Salvador.
Considerado um dos percussores do ritmo gumbé, Ramiro Naka faz da música uma mistura de gêneros musicais, envolvendo percussão, samba e salsa, e criando um ritmo com tambores e dança. O guineense é um artista multifacetado, atento à causa e à cultura de Guiné-Bissau, o que lhe valeu o título de Rei do Gumbé. “A música guineense é uma mistura de tradições africanas, herança colonial portuguesa, fraternidade brasileira e primo caribenho. O que proponho é a união dos estilos e assim, mantendo a força da tradição africana”, afirma Naka
Ele qualifica os guineenses de ‘Latinos da África’ pelo fato da língua portuguesa ser falada na Guiné-Bissau há mais de cinco séculos. “O que proponho é um estilo inspirado no fado, na rumba e na salsa, conservando a força da tradição africana. Os meus trabalhos representam uma verdadeira homenagem a esse ritmo que se tornou indissociável da minha carreira”, conclui.