O Pré-candidato ao governo da Bahia, o deputado federal João Roma (PL) rechaçou o rumor de que fez um acordo com o senador Jaques Wagner (PT) para derrotar o também pré-candidato a governador, ACM Neto (União Brasil). Pelo pacto, Roma e o pré-candidato do PT, Jerônimo Rodrigues, tentariam reproduzir na Bahia a polarização nacional entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT) para tentar isolar ACM Neto.
À Tribuna, Roma chamou a especulação do acordo de “ridícula”. “Todos sabem que, se há alguém que faz oposição muito clara e sistemática ao governo do PT, esse alguém é o pré-candidato João Roma. Também faço oposição ao ex-presidente Lula, porque acho retrocesso para o Brasil aventar a possibilidade de um retorno de um período em que os brasileiros passaram vergonha e têm muita decepção dessa época. As pessoas sabem que estou do lado do presidente Bolsonaro e que faço oposição ao PT”, disse o ex-ministro da Cidadania do governo Bolsonaro.
Roma ainda cutucou o ex-prefeito soteropolitano. “Quem se dissimula, quem quer vender gato por lebre, quem quer vantagem de Bolsonaro, mas não admite as vantagens que o presidente trouxe para a Bahia, quem fica querendo se vender como queridinho do ex-presidente Lula para abocanhar uma parcela do eleitorado baiano, não sou eu”, afirmou.
O pré-candidato a governador do PL disse ainda torcer para ter o PTB na sua coligação. “Vou trabalhar para isso porque acho que devemos reunir o máximo de forças possíveis para apresentar para a população baiana uma verdadeira renovação em um estado que hoje vislumbra todas as transformações do século 21, mas que permanece preso às práticas políticas do século 19. Nós não queremos uma política de cartas marcadas, do toma-lá-dá-cá, com líderes políticos, cada um, preocupados com o seu umbigo e nem aí para o futuro da nossa nação. Se o propósito for esse e estivermos juntos nessa caminhada, será muito bom formalizar o entendimento como esse (com o PTB)”, disse ele.
Roma ainda negou mal-estar com o PTB, apesar de as próprias lideranças do partido o admitirem. “Não enxergo como mal-estar. O PTB é um partido que tem a sua história. Tem valorosos brasileiros, que querem também, como eu, ver uma Bahia de mãos dadas com o Brasil. Na sua ampla maioria, está apoiando Bolsonaro e sabe a importância dessa eleição. Talvez, a eleição mais importante da história do Brasil, e é muito importante que a gente esteja restabelecendo diálogos, buscando caminhos para que possamos estar mais juntos numa caminhada que é fundamental para o futuro de todos os baianos”, afirmou.
Roma afirmou também que tem conversado com outros partidos, até da oposição, para ampliar sua força eleitoral. “Tenho mantido relação com diversos partidos, mesmo até da oposição, porque é sempre importante no fortalecimento da democracia está estabelecendo diálogo e falar do futuro da Bahia”, salientou ele.