quinta-feira, 31 julho, 2025

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Rosemberg descarta aliança do PT com prefeito de Itapetinga

O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), afirmou que não há, neste momento, qualquer pacto político definido entre o PT e o prefeito de Itapetinga, Eduardo Hagge (MDB). Em conversa com este Política Livre, o parlamentar, que tem forte atuação no município, disse que há convergência pontual com o gestor em relação a temas administrativos, mas ressaltou que isso não significa um alinhamento político-eleitoral.

“O que nos unifica neste momento, politicamente, é o apoio ao governo e à reeleição do governador Jerônimo Rodrigues (PT). Isso pode ser uma ponte para uma futura aliança, mas não há nada contratado. Temos conversado, é verdade, mas não fizemos nenhuma tratativa no sentido de formalizar adesão à gestão local ou a uma eventual recondução de Eduardo (em 2028)”, disse Rosemberg, que, no passado, já apoiou em Itapetinga a administração do ex-prefeito Michel Hagge, pai do atual gestor.

A aproximação entre Eduardo Hagge e Jerônimo Rodrigues foi costurada pelos irmãos Vieira Lima, que comandam o MDB no Estado. Até a eleição de 2024, o prefeito estava na oposição ao PT, no grupo liderado por ACM Neto (União), a exemplo do antecessor e sobrinho, Rodrigo Hagge (MDB), que pretende concorrer a uma cadeira na Assembleia em 2026.

Apesar das tentativas de Geddel e Lúcio Vieira Lima de atrair Rodrigo para a base governista, o cenário ainda não mudou. O ex-prefeito de Itapetinga, por sinal, estaria articulando para que Cida Moura (PSD), que disputou a Prefeitura em 2024 com tendo o PT ao lado e ficou na segunda colocação, o apoie e migre para a oposição no plano estadual, como já revelou a coluna Radar do Poder. Por outro lado, Rodrigo só deve ter o apoio de Eduardo em 2026 se caminhar com Jerônimo.

Apesar das indefinições, Rosemberg reforçou que o interesse principal do PT é garantir que Itapetinga não seja prejudicada por disputas políticas. “Com Rodrigo (Hagge), ele nunca quis ajuda do PT ou do governo. Eduardo é diferente. Ele procurou o governador, procurou o nosso partido. Então, queremos ajudar a cidade, porque ela não pode sofrer só porque as práticas locais sempre foram de disputa com o nosso campo”, concluiu.

Foto: AscomALBA/AgênciaALBA

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