Muitas histórias podem ser contadas a partir de um Ba-Vi. O último deles, disputado na Arena Fonte Nova, vencido pelo Esquadrão por 2 a 1. A recepção da torcida tricolor, a partida em si, etc. Mas uma delas chamou a atenção por um fato que não acontece normalmente: alguém deixar de torcer por seu time do coração e passar a torcer pelo rival. Pois isso aconteceu com Paulo Henrique Santos da Silva, 23 anos.
No último domingo (1°), Paulo estava voltando de Nazaré das Farinhas onde aproveitava a Páscoa quando, ainda no Ferry Boat, foi chamado por um amigo, torcedor do Bahia, para acompanhar o último Ba-Vi. Depois de ser convencido e de ter ingresso pago pelo amigo, ele foi para o jogo, com uma roupa “normal”.
“Deu uns 15 minutos do primeiro tempo eu lá sentado olhando todo mundo gritando, uma vaia da d… e eu pensando ‘o que eu tô fazendo aqui’. A perna já tremendo, querendo começar a pular e eu ‘não vou me render, eu não vou me render’.” contou Paulo. Mas não demorou para Paulo se deixar envolver. “Quando saiu o primeiro gol, eu saí abraçando meio mundo de gente (rios)”.
A experiência foi tão marcante que Paulo se tornou sócio do Bahia no dia seguinte e ainda vai tatuar “Ninguém nos vence em vibração”. Tirando o pai, que também é tricolor, a família é rubro-negra, especialmente a mãe dele.
Para o sequência do ano, Paulo espera que o Bahia monte um bom elenco para chegar às finais da Copa do Nordeste e faça uma boa campanha na Copa do Brasil, na Sul-Americana e no Campeonato Brasileiro, o que, para Paulo, o Esquadrão vai encontrar mais dificuldade.