Um censo para identificar pessoas com doença falciforme que residem em Salvador foi iniciado pela prefeitura da cidade nesta segunda-feira (5). O levantamento segue aberto por um mês, até o dia 5 de setembro nas 134 unidades básicas da capital. Além dos postos de saúde, o cadastramento também ser feito através do link (clique aqui).
A gestão municipal destaca que devem participar do censo portadores do agravo, pessoas com suspeita da patologia ou que tenham casos na família.
“Nossa ideia é identificar os portadores da doença falciforme e encaminhá-los para tratamento em nossa rede especializada. Sabemos que trata-se de uma doença hereditária e não temos como trabalhar com a prevenção, mas poderemos garantir o suporte necessário para assegurar a qualidade de vida dos pacientes com a assistência integral gratuita em nossa cidade”, explicou a técnica do Campo Temático de Doença Falciforme da SMS, Marivone Monteiro.
Salvador é a capital brasileira com maior incidência de doença falciforme, patologia hereditária que acomete predominantemente pessoas negras. A estimativa é de que no município a cada 455 habitantes, um tenha o agravo. No último ano, foram cadastrados 1.106 pacientes nos ambulatórios especializados da cidade e foram feitas 2.300 notificações no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) na capital. No mesmo período, 56 crianças nasceram com a doença.
Durante todo o ano, os postos de saúde ofertam a eletroforese de hemoglobina, exame para detecção da doença em pessoas que não a identificaram no período neonatal através do Teste do Pezinho. O resultado fica pronto em aproximadamente 10 dias.
Os principais sintomas da doença falciforme são a anemia crônica, palidez, cor amarelada na pele e no branco dos olhos, causada por níveis elevados de bilirrubina no sangue (icterícia); inchaços nos pés e mãos, geralmente com muita dor; além de crises dolorosas nos ossos. Também podem ser registrados atraso no crescimento, feridas nas pernas e tendência a infecções.