sábado, 27 julho, 2024

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Segundo Otto, o caso da Fafen expõe nossa indigência política

Diz o senador Otto Alencar (PSB), que o caso do anunciado fechamento da Fafen, que foi postergado, dá uma ideia bastante precisa sobre a imensidão da indigência política nacional. O país está entregue, segundo ele, a interesses subalternos.

O fechamento da Fafen desagrada aos sindicalistas da química porque tira empregos, aos empresários, grande parte do Polo Petroquímico de Camaçari e ao mercado, porque pelo menos sete indústrias vizinhas consomem a amônia que ela produz.

Elas teriam que passar a importar o que têm na porta de casa. Com o detalhe, que Otto aponta como o absurdo dos absurdos no caso:

– O Porto de Aratu é preparado apenas para exportar. O governo teria que gastar dinheiro para adequá-lo às importações. Onde é que uma decisão dessas é apenas empresarial? Isso é política.

Como Pilatos – Otto conta que no encontro desta semana das lideranças baianas, empresariais, políticas e sindicais com Pedro Parente, o desgoverno no trato dos interesses públicos ficou claro quando Temer se posicionou.

– O André Moura (PSC), deputado lá de Sergipe, falou com Temer e sabe o que ele respondeu? Que não vai se meter em problemas de empresas. Já viu isso?

Ou seja, na avaliação de Otto situações como a da Fafen, pela abrangência estratégica, é um problema de governo e não a bel prazer de uma empresa estatal.

Rio Joanes, um benfeitor agredido por todos os lados

Mauro Cardim, secretário do Planejamento de Lauro de Freitas e um dos cabeças do movimento para a realização do seminário em defesa do Rio Joanes, segunda na Assembleia, conta que o Joanes nasce em São Francisco do Conde e de lá passa por Candeias, Simões Filho, Camaçari e Simões Filho. São 75 km até desaguar em Lauro, tomando porrada de cabo a rabo, de esgotos a resíduos industriais.

– Com tudo isso é o rio responsável por 40% do abastecimento de Salvador. É um caso para pararmos e discutirmos.

E é. O Joanes só sobrevive porque está no litoral, onde chove mais. Não fosse isso seria mais um rio morto, como tantos que temos na Bahia, fulminados pela ação do homem.

Faculdades na agenda 2018

O governo inicialmente autorizou a liberação de cinco novas faculdades de medicina para a Bahia, depois recuou. Ficaram Valença, Irecê e Porto Seguro. ACM Neto chiou, entrou Brumado. Sobrou Itaberaba.

As tais faculdades são particulares, mas obrigadas a dar 10% das vagas para alunos egressos da rede pública, com bolsa integral.

É um ganho, sem dúvida. É por isso que a briga pela paternidade é grande.

Que Bom Jesus salve as canoas

Moradores de Bom Jesus dos Pobres, bucólico povoado de Saubara, aproveitaram a Semana Santa para rogar proteção a Jesus, o mesmo que dá nome ao lugar.

Lá, surgiu um novo modelo de roubo, o de canoas. Esta semana foram quatro. Uma recuperada porque o motor pifou, outra porque não tinha motor.

Lá, a comunidade, em grande parte, vive da pesca artesanal. E canoas são instrumentos de trabalho.

Árvores e BRT frente a frente

Moradores da Avenida Juracy Magalhães e cercanias ligaram o alerta sobre o destino das árvores do canteiro central quando viram os tapumes para o início das obras do BRT começarem a ser colocados.

A pergunta deles: e o que será feito das árvores?

Alguns sugerem que a prefeitura de Salvador use técnicas para tirar as árvores vivas e transferi-las para onde cabem. Muito melhor do que ligar o serrote e matar.

Registros

Dia do Autismo

Segunda, Dia Mundial de Conscientização do Autismo, o Centro Pestalozzi de Reabilitação, unidade da Fundação José Silveira, vai lembrar a data como o caso requer. Tudo azul, a cor da causa.

Política com vatapá

Na Praça Cairu

Inaugurado em 1970 por Antonio Carlos Magalhães, então prefeito, o Monumento à Cidade de Salvador, de Mário Cravo, na Praça Cairu (aquele das duas meia-bolas superpostas, em frente ao Elevador Lacerda), suscitou polêmica desde o início.

Dizem que Mário Cravo levou 10 milhões em moeda da época e juntou a briga ferrenha que ACM tinha com o Jornal da Bahia, piadas e sátiras desabaram sobre a cidade. Delfino Evangelista de Castro, colaborador, conta que um repentista mandou:

Mário Cravo 10 milhões

Cobrou caro pra chuchu

Pra fazer dois … lhões

Na Visconde de Cayru

O monumento está lá até hoje. Agora em paz.

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