quarta-feira, 24 abril, 2024

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Subsecretário de Segurança Pública fala sobre insegurança na Bahia

‘A violência ela é crescente sim, e com certeza nós temos noção disso’

Subsecretário de Segurança Pública fala sobre insegurança na Bahia: ‘A violência ela é crescente sim, e com certeza nós temos noção disso’

Em entrevista ao jornal Bahia do Meio da TV Bahia, Hélio Jorge reconheceu o registro dos casos criminosos recentes e pontuou a importância das denúncias por parte das vítimas

O subsecretário de Segurança Pública da Bahia, Hélio Jorge, falou, na manhã desta quinta-feira (12), sobre a insegurança na Bahia. Em entrevista ao jornal Bahia do Meio da TV Bahia, ele comentou também sobre os últimos crimes registrados no estado e que chamaram atenção da sociedade baiana, incluindo a morte de 3 policiais militares no bairro de Cajazeiras e o espancamento de uma idosa durante um assalto à um restaurante localizada na cidade de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador.

No início da entrevista, Hélio Jorge, reconheceu o registro dos casos criminosos e pontuou a importância das denúncias por parte das vítimas.

“O trabalho está sendo desenvolvido e temos várias frentes para poder atuar. Então em algumas situações, nós vamos encontrar casos que nós não gostaríamos de ver, de extrema violência; e nós estaremos sempre solidários a todas as vítimas de qualquer tipo de crime. A resposta é: continuar trabalhando, de forma firme; e após ocorrência de qualquer fato desta natureza, desenvolver as atividades de investigação. Para isso, é necessário que as pessoas façam o uso do 190 e após isso, utilizem também de outra ferramenta que é o disque denúncia pelo atendimento 181”, disse.

Sensação de Insegurança

O subsecretário falou ainda sobre como as corporações policiais, que integram a SSP, atuam no combate aos crimes assim como a sensação de insegurança sentida pelos baianos, após os crimes.

“Nós fazemos um planejamento que pode seguir em dois sentidos: focado na inteligência – em dados que nós vamos coletando a partir de inquéritos policiais, das denúncias, das oitivas de pessoas e outras operações de inteligência. E aquele policiamento que ele é orientado para o problema, que está ocorrendo naquele momento. Então, nesse sentido, nós temos que ter uma diferença muito clara, do que é a sensação e percepção de segurança”, começou o representante.

“A sensação (de segurança) ela é importante pra que a população se sinta realmente segura. Essa sensação, ela é subjetiva em vários aspectos. E nós aqui, na secretaria, balizamos o nosso trabalho em indicadores, que é outra forma que nós temos que medir todas essas situações”, explicou Hélio.

Crimes recentes

Desde o último final de semana, crimes emblemáticos chamaram atenção nos noticiários locais. Sobre o assunto, o subsecretário indicou estatísticas de redução e pontuou que o planejamento é o melhor caminho para elucidação dos casos.

“Com relação aos crimes violentos intencionais, o estado da Bahia representa uma redução de 7 meses consecutivos na redução desse indicador. Muitas vezes não vai refletir diretamente ou imediatamente ali na população, que sofre um crime contra o patrimônio, um furto ou um roubo. Então essa diferença nós procuramos entender aqui. Como eu disse, não tiramos nenhuma razão de qualquer pessoa que tenha sofrido violência, mas o planejamento vai fazer com que, de uma forma ou de outra, cheguemos aos autores”, disse Hélio.

“Vamos continuar trabalhando baseado em planejamento. Nenhuma ação pode ser feita no ‘só dá’. Nós precisamos entender as situações, e ir fazendo com que esse trabalho surta esse efeito de sensação, que é necessário, sim, pra população.”

Mudança de política

Ainda em entrevista, Hélio foi questionado sobre a possibilidade de mudança de política de segurança, diante de tantos casos apresentados.

“Então, a mudança da política – que compõe normas, medidas e procedimentos -, ela passa por essas pequenas alterações que são feitas justamente, para se adequar ao tipo de policiamento que é necessário em determinado momento. A violência ela é crescente sim, com certeza, nós temos noção disso e nós, temos uma preocupação muito grande; trabalhamos diuturnamente para poder fazer esse acompanhamento.”

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