quarta-feira, 2 julho, 2025

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Primeiro dia de vacinação contra a influenza tem procura intensa

O primeiro dia da 20ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, em Salvador, registrou intensa procura nos postos da capital baiana. Na rede pública, só quem faz parte dos grupos de risco pode tomar a dose, que deverá ser aplicada até o dia 1º de junho, dia do encerramento da campanha.

Em 2018, o Ministério da Saúde comprou 60 milhões de doses para imunizar cerca de 54 milhões de pessoas com risco de desenvolver complicações da doença, no país. Para a Bahia, são 4 milhões de doses – 650 mil para Salvador –, segundo a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab).

O público-alvo é formado por crianças de seis meses até 5 anos, grávidas, mulheres que tiverem parido em até 45 dias, idosos a partir de 60 anos, doentes crônicos (apresentar prescrição médica), detentos, professores e profissionais de saúde.

Segundo informações da subcoordenadora de imunização da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Doiane Lemos, 126 postos oferecem a vacina. A dose fornece proteção contra três tipos de influenza: dois do tipo A (H1N1 e H3N2) e uma do tipo B.

Movimento

No 14º Centro de Saúde Mário Andréa, na Sete Portas, o movimento foi intenso durante boa parte da manhã desta segunda. A demanda majoritária era formada por idosos, grávidas, mulheres recém paridas e crianças.

Com o cartão de vacinação atualizado, o aposentado Juvêncio Mendes, 71 anos, correu para o posto. “Depois de velho, a gente não pode vacilar”, disse, bem humorado, o morador de Vila Laura.

Não paravam de chegar idosos à procura de informações sobre a vacinação, a exemplo do casal Márcio, 68, e Maria da Silva, 69 anos. “A campanha deveria ser antecipada para logo depois do Carnaval, pois a cidade fica cheia de gente que vem de fora”, completou Márcio.

A subcoordenadora de imunização da SMS informa que as doses estão disponíveis, gratuitamente, apenas para os grupos de risco. “É o Ministério da Saúde que estabelece o público prioritário. Quem não faz parte deve recorrer à iniciativa privada”.

Segundo dados da Sesab, do início do ano até a primeira quinzena deste mês, na Bahia, foram registrados 323 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com 31 mortes. Destes, 65 foram casos de influenza, 53 deles do tipo A H1N1, com 12 mortes. No mesmo período do ano passado, foram computados 146 de SRAG, que evoluíram para 11 mortes. Desse total, 13 foram confirmados como influenza, com dois casos do tipo A H1N1, mas sem mortes.

Os casos de H1N1 foram confirmados em 16 municípios em 2018. As mortes foram registradas em Salvador (8 casos), Camaçari (1), Lauro de Freitas (1), Saúde (1) e Serrinha (1).

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