sexta-feira, 26 julho, 2024

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Vereadores defendem a legalização dos jogos de aposta no Brasil

A defesa da legalização dos jogos de apostas no Brasil foi feita pela maioria dos debatedores presentes na audiência pública, promovida pelo vereador Maurício Trindade (DEM), nesta segunda-feira, no Centro de Cultura da Câmara de Salvador. Segundo o democrata, “dados mostram que a legalização é benéfica, devido ao retorno em receita e geração de empregos”.

“É um assunto debatido e que possui projetos de lei na Câmara Federal e também no Senado. Infelizmente, o tema ainda é considerado um tabu e sempre sofre interferências por questões morais, políticas e religiosas. Deixemos de demagogia e vamos permitir que a população decida o que deve ser feito”, declarou o legislador.

Para Sidninho (Podemos), não existe a possibilidade de o Estado manter a proibição no país de todas as modalidades de jogos: “Estamos próximos de regulamentar uma lei para a legalização de cassinos no país. No entanto, tenho ressalvas à regulamentação de apenas esse tipo de jogo, que depende de uma infraestrutura que só seria atendida, por exemplo, pelas regiões Sul e Sudeste, que também seriam as únicas beneficiadas”.

Ana Rita Tavares (PMB) destaca que “as apostas das casas lotéricas foram legalizadas, mas os outros tipos de jogos ficaram de fora, contribuindo para a circulação de recursos que não voltam para a sociedade, pois não há a arrecadação de impostos”. E Alfredo Mangueira (MDB) também defendeu a regulamentação, “sobretudo pela geração de emprego e renda”.

Vontade política

Na opinião do coordenador do Instituto Jogo Legal, Magnho José de Souza, a demora para a legalização dos jogos no país se dá por falta de vontade política para a apreciação de projetos que tramitam na Câmara Federal e no Senado.

“Enquanto discutimos o tema como tabu, por exemplo, outros países abordam a questão como uma forma de incrementar a economia. Com a liberação de todas as modalidades de jogos, e não somente dos cassinos, é estimada a oferta de mais de 690 mil empregos, além da arrecadação anual de mais R$20 bilhões a ser feita pelo governo brasileiro”, afirmou.

Também participou da mesa de trabalho o presidente do Sindicato dos Músicos da Bahia, Sidnei Zapata.

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