Osvaldo e Alerrandro marcaram os gols do Leão na partida; Dinenno fez os gols dos mineiros
Se o desempenho dentro de casa estava devendo, o Vitória começou a partida mostrando que a história poderia ser diferente. Com Osvaldo e Alerrandro, de bicicleta, o Leão saiu na frente do placar na primeira etapa, mas viu o rival mineiro igualar o jogo em 2×2 depois de um segundo tempo inteiro com um a mais depois da expulsão de Neris. Mesmo com o empate na 23ª rodada do Campeonato Brasileiro, o rubro-negro está fora da zona de rebaixamento, em 16º. Dinenno fez os dois gols dos mineiros.
Com o resultado, o Vitória chega a 22 pontos na tabela, empatado com o Corinthians. O clube rubro-negro fica à frente na colocação pelo número de vitórias (6 a 4). Fora do Z4, o clube muda o foco para a partida do domingo, contra o São Paulo, para continuar em evolução. A bola rola a partir das 18h30.
O JOGO
Para a partida de ontem, o treinador Thiago Carpini não pôde instruir a equipe dentro do campo por estar cumprindo suspensão. Em seu lugar, o auxiliar Estephan Djian assumiu o posto pela segunda vez neste Campeonato Brasileiro. Em relação ao Ba-Vi, a única mudança foi a volta do meia Matheuzinho e a ausência do atacante Janderson. Já o treinador rival Fernando Seabra precisou mesclar o time para aguentar a sequência de partidas na temporada. O destaque Matheus Pereira começou no banco de reservas.
Quando o apito soou pela primeira vez no Barradão, quem chegou primeiro foi o time da casa. Em jogada trabalhada pelo meio, Ricardo Ryller foi à linha de fundo, cruzou para Osvaldo finalizar e Cássio fazer a defesa. Além do chute, o início da partida foi marcado por uma postura ofensiva dos mandantes, que pressionaram a saída de bola dos cruzeirenses para forçar o erro. Na posse do jogo, o Leão priorizou a construção pelas beiradas do campo e – inicialmente – encontrou dificuldade em furar o bloqueio montado pelos rivais.
Aos 21 minutos da primeira etapa, o ímpeto ofensivo do Vitória no confronto se transformou em uma chance real. Luan Santos dominou e finalizou em direção ao gol. Alerrandro desviou e balançou as redes, mas antes de chegar ao centroavante, a bola encontrou o braço de Lucas Silva. Com a marcação do pênalti, Osvaldo partiu com ‘raiva’ para a cobrança e fuzilou o ângulo de Cássio: 1×0.
A apoteose rubro-negra já tomava conta do estádio quando o camisa 11 balançou as redes, mas o torcedor do Leão não esperava que a emoção iria aumentar já no próximo lance. Aos 28, Willean Lepo avançou pela faixa direita e cruzou para a área. A zaga da Raposa rebateu o lance para o alto. Alerrandro, com velocidade de raciocídio e um tom de ousadia, emendou linda bicicleta, encobrindo o goleiro Cássio, que ficou somente olhando a bola morrer no fundo do gol: 2×0.
Os gols em sequência fizeram o time mineiro mudar a postura. Se antes os visitantes baixaram o bloco para sair em contra-ataques, a vantagem para o Vitória obrigou ao Cruzeiro subir as linhas e a pressão. Foi a partir dessa estratégia que o adversário começou a incomodar. Aos 37, o zagueiro Neris errou na saída de bola, e a redonda sobrou para Kaio Jorge sair sozinho, de cara com o goleiro Arcanjo. No entanto, o jogador do Leão derrubou o atacante e foi expulso com o cartão vermelho.
Com um a menos, o Vitória repôs a perda com a entrada de Edu no lugar de Alerrandro. A equipe ficou sem referência e viu os visitantes tomarem o controle do jogo para si. O clube azul celeste envolveu o Leão até o final dos acréscimos, mas não conseguiu traduzir a superioridade no placar.
Gols e polêmica
Na volta do intervalo, o cenário visto foi de domínio completo do Cruzeiro. Os visitantes aproveitaram a superioridade numérica para obrigar o Leão a baixar a retranca dentro de sua própria área. Entre chutes defendidos com maestria por Arcanjo a cruzamentos interceptados pela zaga, o Vitória passou todo o segundo tempo resistindo às ofensivas dos adversários.
Foi apenas aos 31 minutos da etapa final que o cerco cruzeirense conseguiu surtir efeito. Lucas Romero lançou a bola na grande área e Dinenno subiu mais que a marcação para cabecear no canto de Lucas Arcanjo: 2×1. Com o gol, a Raposa aumentou a pressão e chegou ao empate no lance seguinte. Em mais uma bola alçada na área, novamente Dinenno ganhou no alto e deixou tudo igual: 2×2.
O lance contou com uma polêmica no início da jogada. Os jogadores do Vitória reclamaram da disputa de bola do argentino com o volante Léo Naldi. Porém, o domínio de Matheus Henrique com o braço no início do lance também não foi revisado pelo árbitro, que validou o gol e confirmou o placar final.
FICHA TÉCNICA
Vitória 2 x 2 Cruzeiro – 23ª rodada do Campeonato Brasileiro
Vitória: Lucas Arcanjo; Willean Lepo, Neris, Wagner Leonardo e Lucas Esteves; Luan Santos (Caio Vinícius), Ricardo Ryller (Léo Naldi) e Machado (Carlos Eduardo); Matheuzinho, Osvaldo (Zé Hugo) e Alerrandro (Edu). Técnico: Estephan Djian (auxiliar).
Cruzeiro: Cássio; Ramiro (Dinenno), João Marcelo, Villalba e Marlon (Kaiki); Lucas Romero (Walace), Lucas Silva (Matheus Pereira) e Matheus Henrique; Barreal (Matheus Vital), Kaio Jorge e Arthur Gomes. Técnico: Fernando Seabra.
Local: Barradão
Gols: Osvaldo, aos 23, e Alerrandro, aos 28 do primeiro tempo; Dinenno, aos 31 e aos 33 minutos do segundo tempo
Cartão amarelo: Léo Naldi (Vitória); Matheus Pereira, João Marcelo e Villalba (Cruzeiro)
Cartão vermelho: Neris (Vitória);
Público: 16.940 pagantes
Renda: R$ 365.904,00
Arbitragem: Marcelo De Lima Henrique, auxiliado por Nailton Junior De Sousa Oliveira e Renan Aguiar Da Costa (Trio do Ceará)
VAR: Daniel Nobre Bins (RS)