sexta-feira, 29 março, 2024

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10º dia: Caminhoneiros mantêm mobilização nas rodovias baianas

A mobilização dos caminhoneiros continua na Bahia nesta quarta-feira (30). Já é o décimo dia de paralisação da categoria nas rodovias.  Eles já tinham informado que manteriam a paralisação após uma reunião com representantes do governo do estado.

Segundo informações da concessionária Bahia Norte, os caminhoneiros colocaram veículos no acostamento em ambos os sentidos da Via Parafuso (BA-535), no km 10, na altura do Atacadão. Apenas ônibus e veículos de passeio podem passar pelo local.

Já nas rodovias federais, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), até as 5h50 não havia registros de pontos de bloqueios. Até às 18h de ontem, havia 46 pontos de bloqueio, de acordo com a PRF.

Na madrugada desta quarta, equipes da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Nordeste liberaram o trecho da BR-116, na cidade de Teofilândia. A ação faz parte do trabalho integrado da Secretaria da Segurança Pública e Polícia Rodoviária Federal (PRF) em rodovias da Bahia onde caminhoneiros que querem trafegar com mercadorias vinham sendo ameaçados.

“Estamos monitorando as rodovias federais, fornecendo total apoio à nossa coirmã PRF. A determinação é que não sejam permitidos bloqueios, garantindo o trânsito de itens básicos e dos caminhoneiros que não aderiram ao movimento”, declarou o comandante da Cipe Nordeste, major Wellington Morais dos Santos.

Gás lacrimogênio
Ontem uma megaoperação foi montada para liberar as BRs 101, 242 e 116, nos perímetros de aproximadamente seis cidades. As ações foram realizadas pelo Batalhão de Choque, Grupamento Aéreo (Graer) e Companhias Independentes de Policiamento Especializado (Cipes).

Em Alagoinhas, Nordeste do estado, manifestantes deitaram na pista na frente de uma cervejaria e atiraram pedras contra os policiais. Equipes do Choque usaram bombas de gás lacrimogênio e dispersaram os manifestantes que tentavam bloquear a BR-101 totalmente.

Guarnições de unidades territoriais da PM ficarão nos pontos usados pelos manifestantes para evitar novas retenções.

Reunião
Ontem, eles explicaram o motivo de manter a paralisação. “Vamos manter nossa paralisação. Não iremos desobstruir vias nem liberar caminhões até que o presidente e o governador façam uma intervenção a favor da redução do preço da gasolina, do gás de cozinha,do  etanol e do óleo diesel. Esse é um anseio da sociedade. Estamos clamando para que o povo abrace nosso movimento”, pontuou o caminhoneiro Marcos Nogueira, um dos líderes do movimento, que esteve presente na reunião.

Na reunião, foram tratados temas como a redução do ICMS nos combustíveis, não cobrança de pedágio nos eixos suspensos e redução do custo do exame toxicológico. Os onze motoristas autônomos foram recebidos na Secretaria de Relações Institucionais (Serin), onde foi garantida a suspensão da cobrança do pedágio sobre o terceiro eixo dos caminhões, quando vazios, e a continuidade do diálogo.

Sobre a redução do ICMS, segundo os caminhoneiros, a representante da Serin disse que não poderia tratar do tema sem falar antes com o governador. O governo do estado não respondeu aos questionamentos do CORREIO sobre o tema. Ficou acertada uma nova reunião entre as partes, porém sem data definida.

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