quarta-feira, 10 setembro, 2025

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Casos de catapora têm alta de 10,7% na Bahia; saiba mais

Com o fim do inverno e o início da primavera, profissionais de saúde alertam para a alta na incidência de varicela (catapora) no estado. A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) confirmou 788 casos entre janeiro e 23 de agosto de 2025 — aumento de 10,7% em relação a 2024 (704 casos).

A doença, que é altamente contagiosa, teve alta na notificação, concentrando-se em Salvador (319), seguida por Itapetinga (40), Camaçari (34), Porto Seguro (27) e Itiúba (26). A doença é causada pelo vírus Varicela-Zoster, e atinge com maior frequência crianças; adolescentes e adultos não imunizados também correm risco e podem evoluir para quadros mais graves.

Vacinação — quem e quando

A vacinação é a principal medida de prevenção: crianças devem receber a primeira dose entre 12 e 15 meses e a segunda entre 4 e 6 anos; em situações de surto, a imunização pode ser antecipada a partir do 9º mês. Adolescentes e adultos que nunca tiveram catapora ou não foram vacinados precisam de duas doses, com intervalo mínimo de quatro semanas. As vacinas estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) e na rede privada, e manter o calendário vacinal em dia é a recomendação central dos especialistas.

Sintomas e condutas

Os sinais mais comuns são erupções vermelhas com coceira, febre baixa, mal-estar, cansaço, dor de cabeça, perda de apetite e, ocasionalmente, infecção no ouvido; ao aparecerem esses sintomas, o indivíduo deve procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e orientação. O paciente deve permanecer em isolamento até que as lesões formem crostas, o que costuma ocorrer por volta de sete dias após o início das manchas. Em crianças a infecção tende a ser benigna e autolimitada, já em adolescentes e adultos não imunizados a doença pode apresentar febre mais alta, lesões mais intensas e complicações graves como encefalite e pneumonia, com maior risco em imunocomprometidos.

O infectologista Claudilson Bastos, consultor do Sabin Diagnóstico e Saúde, reforça que os pais e responsáveis pelas crianças precisam vaciná-las e também, checar o cartão de vacinação. “Temos vacinas seguras e eficazes para prevenir a doença e suas complicações graves. Pais e responsáveis devem checar o cartão vacinal neste período de maior circulação em escolas e creches.”

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