sábado, 15 março, 2025

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Bueiros abertos causam transtornos na cidade

Ao passar pela Avenida Jequitaia, próximo à antiga Cesta do Povo, na Calçada, um bueiro aberto oferece riscos de acidentes a motociclistas e pedestres. Até mesmo quem trafega de carro ou outro veículo maior pode ter prejuízos. Seja por ação de vândalos ou dano causado pelo peso de veículos, diversos bueiros destampados se espalham pela capital baiana e acendem um alerta para o perigo desses equipamentos sem proteção.

A situação se repete na ladeira do Barbalho e Rua Djalma Dutra. Na Rua Regis Pacheco, no Uruguai, um bueiro sem tampa situado em frente a um ponto de ônibus foi preenchido com pedaços de plástico, madeira e até um pneu.

Tudo isso para evitar acidentes. No entanto, um motorista que passou por lá na manhã de ontem acabou caindo no buraco e teve que parar em uma oficina mecânica próxima para seguir viagem.

“Eu sempre passo por aqui e vejo esse buraco, mas hoje a pista está cheia de água e não deu para visualizar. Só senti o tombo e agora vou ter prejuízo de R$ 600 com alinhamento, caixa de direção, balanceamento e mão de obra”, disse o motorista, que não quis se identificar.

Seu Valtércio Genê, morador da rua há 14 anos,  revela que a tampa deste bueiro foi trocada há menos de dois meses pela prefeitura, mas o peso dos ônibus que passam na via danificou o equipamento novamente. Segundo ele, há mais de três anos o trabalho de reposição da tampa é periodicamente refeito.

“Quando o ônibus bate aí, todas as casas balançam, parece um terremoto, porque o terreno aqui não é totalmente plano, estamos em uma área que era alagada. O material não foi ruim, mas eles deveriam fazer um serviço melhor”, opinou o comerciante

Reposição

Em nota, a prefeitura esclareceu que há diversos tipos de equipamentos que, a olho nu, podem ser vistos pela população como bueiros. O município é responsável pela manutenção do sistema de drenagem – macrodrenagem (fluvial – relacionado aos canais / limpeza e dragagem) e microdrenagem (pluvial – condução das águas das chuvas).

De acordo com a Secretaria da Manutenção (Seman), os itens exclusivos do sistema de microdrenagem, são as caixas lateralizadas entre a pista de rodagem e os passeios, que geralmente possuem uma grelha que pode ser de ferro fundido ou concreto, conhecidas como “boca de lobo”.

A pasta ressaltou que atua na recuperação dos equipamentos, sejam estas estruturais da caixa em si ou por substituição/reposição das grelhas, que podem estar ausentes do local por quebra, desgaste natural ou furto.

“Os itens geralmente furtados são as grelhas e tampas compostas por ferro fundido, que possuem valor comercial de revenda em “ferro velho”, as de concreto geralmente sofrem quebra por possuírem menor resistência e temos também as de PEAD, que estão sendo substituídas progressivamente, mas possuem alto valor de custo e sua utilização obedece algumas recomendações” , diz o comunicado da Seman.

A secretaria ressaltou ainda que no caso dos tampões, que podem ser de diversos tipos, também compostos de ferro fundido, concreto ou PEAD , os equipamentos deixam de ser responsabilidade exclusiva da prefeitura. “Estas tampas, sejam elas as quadradas ou redondas, podem ser pertencentes ao sistema de esgotamento sanitário e sistema de fornecimento de água, bem como a empresas de telefonia, internet e TV a Cabo.

“As manutenções destes itens são de responsabilidade dos referentes. Poucas destas, somente as que pertencem ao sistema de drenagem, possuem manutenção atrelada a Prefeitura Municipal, executada pela Seman”, reforçou.

De janeiro a setembro de deste ano, a prefeitura realizou a reposição de 2.741 itens pertencentes ao sistema de drenagem, dentre tampões e grelhas. Deste número, constam 829 tampas compostas de ferro fundido, das quais 50% precisaram ser substituídas por conta de furto.

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