Agricultura familiar tem tanto ou mais potencial econômico quanto o chamado agronegócio empresarial. O que falta é financiamento e tecnologia. A afirmação é do deputado estadual Angelo Almeida, candidato à reeleição pelo PSB.
Com atuação focada no apoio aos pequenos produtores, o deputado argumenta que a própria Confederação Nacional da Agricultura (entidade ligada ao agronegócio) tem estudos mostrando que os pequenos empreendimentos rurais podem passar dos atuais 11 milhões de empregos para 33 milhões em até 10 anos.
“O agronegócio está encaminhado. Agora se eles podem, nós também podemos. É uma questão de investimento. A tecnologia precisa chegar para todos. Assim como chegou para eles, vai ter que chegar pra gente”, cobra.
Angelo lembra que mesmo com técnicas mais rudimentares a agricultura familiar responde por 70% de todo o alimento que chega às mesas. “Mas isso ainda é pouco diante do que podemos alcançar”, ressalta.
Ele cita a popular cultura da mandioca. Tradicionalmente em um hectare são colhidas 10 toneladas, quantia muito aquém do que é viável. “Aplicando ciência, tecnologia e assistência técnica, podemos chegar a 40, 50 toneladas no mesmo hectare”.
A industrialização também é uma alternativa para levar renda ao campo multiplicando, por exemplo, a produção das casas de farinha, que segundo o deputado obtêm em média 10 sacas por dia, quando existe tecnologia de baixo custo que permitiria alcançar 60 sacas diárias. “Ao preço de R$ 300 a saca, isso representa R$ 18 mil reais por dia para a comunidade. É um sonho”, projeta.
INTERNET
O acesso barato e veloz à internet também entra no rol dos investimentos a serem levados ao campo. “É essencial para permitir a venda direta sem intermediários, para acesso a novas informações e para o uso de aplicativos de produtividade disponíveis no celular”, lista.
Ele ressalta ainda que a tecnologia ajuda a fixar as novas gerações no campo. “Os jovens têm mais aptidão com os aparelhos e por meio deles superam as barreiras geográficas, eliminando a necessidade de deixar sua terra para ir em busca de coisas que antes só a cidade podia oferecer”, reconhece.
Angelo pondera que é indispensável que este acesso à rede seja permanente e de boa qualidade. “Existem programas oficiais para isso e vamos exigir que sejam levados a toda a zona rural da Bahia”, assegurou.