domingo, 15 junho, 2025

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Bacelar: Indefinição da montagem do governo Rui gera “desgaste”

Bacelar: “O momento é difícil para todo o governo”

O deputado federal Bacelar, presidente estadual do Podemos, avaliou à Rádio Metrópole que o governador Rui Costa (PT) sofre com a montagem da equipe para o segundo mandato. “O momento é difícil para todo governo. Início de governo, formando, não fechou a equação e gera desgaste”, analisou. Na reforma administrativa promovida pelo chefe do Palácio de Ondina no início do ano, o Podemos praticamente ficou sem espaço na máquina pública e já se comenta nos bastidores uma possível ida da legenda para a base do prefeito ACM Neto (DEM). A agremiação, até então, vinha ocupando o comando do Detran. Apesar de o partido estar, por enquanto, fora do governo, Bacelar disse ainda aguardar “qualquer cargo” à altura da “contribuição que demos na eleição do governador”.

Bacelar apontou os riscos do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).  “Eu acho que há uma revolução bolsonarista no ar, que vem desde a eleição dele e os partidos não estão se dando conta disso. Bolsonaro se elegeu atacando o STF, o Legislativo, a imprensa e o Estado. Ele não quer aprovar a reforma da previdência, ele quer afrontar o Congresso e mostrar ao cidadão que o Legislativo é um lugar de pessoas vis e criminosas”, destacou. “A teoria dele é do confronto. Tem um rapaz na assessoria dele, Filipe Martins. É ele que bola toda essa teoria. É um ‘bom aluno’ de Olavo de Carvalho. É quem manda, junto com Eduardo e Carlos Bolsonaro. É um jovem e tem o núcleo econômico que eles mandam não negociar com os políticos”, acrescentou.

Questionado sobre a importância do vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) na articulação política, o parlamentar comenta: “O general é a simpatia da República. Ele recebe 30 a 40 deputados por dia. Uns saem mais encantados ainda, mas vamos nos lembrar dos discursos dele antes da campanha. Mourão era mais radical que Bolsonaro. Pode ser outra saída dos grandes empresários. Ele teve uma reunião na FIESP. E aí começam também os nossos velhos sonhos aventureiros. Há quem pense em eleições num caso de crise entre Bolsonaro e Mourão. Eu penso que não, acredito a democracia”.

Ainda na entrevista, garantiu que tem o desejo de concorrer ao Palácio Thomé de Sousa em 2020. “Meu grupo tem esse desejo. Quem não tem o desejo de administrar uma cidade como Salvador?  uma cidade ímpar. Eu conheço essa cidade. tenho interesse, mas meu interesse maior é que nosso grupo faça o prefeito da cidade. Temos que construir uma candidatura única. O nosso campo é de centro-esquerda. Precisamos de um candidato que reflita nossos candidatos”, afirmou.

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