Prefeito de Salvador declarou que Tribunais de Contas precisam rever o contrato feito pelo governo com concessionária
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), afirmou que o metrô da Bahia custará R$ 15 bilhões após o fim da concessão de 30 anos. Para o gestor municipal, o governo do estado errou na “modelagem do negócio”. Ele disse ainda que o custo do modal “daria para construir um BRT todo o ano”.
“Nada contra o metrô, mas não posso deixar de dizer isso. Sabe quanto o estado paga? Paga R$ 200 milhões por ano de passageiros que era para serem transportados, (e não são transportados). Era para estar transportando 639 mil, e está transportando 389 mil. São 250 mil passageiros a menos do que foi projetado”, afirmou.
A declaração do prefeito de Salvador foi feita na última segunda-feira (26), em entrevista à rádio Sociedade.
Bruno Reis declarou ainda que, até o final deste ano, o custo do metrô será de R$ 599 milhões aos cofres públicos estaduais. “O metrô é uma obra importante, mas, da mesma forma que a (Arena) Fonte Nova vai ser o estádio mais caro do mundo da Copa, o metrô de Salvador vai ser o metrô mais caro do mundo. Do jeito que vai, esse metrô vai chegar na casa de R$ 15 bilhões ao final de 30 anos da sua concessão se não for revisto”, continuou.
O metrô de Salvador é uma obra do governo do estado, operado pelo Grupo CCR, que é responsável pela construção, manutenção e operação do sistema metroviário entre a capital baiana e Lauro de Freitas durante período de 30 anos, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP).
“(Foi) um modelo de negócio completamente equivocado. Chamo a atenção do Tribunal de Contas do Estado e da União para rever isso que realmente está lesando o usuário”, finalizou o prefeito de Salvador.