sábado, 6 julho, 2024

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Colbert gasta R$ 800 mil com aluguel de banheiros e cadeiras de rodas

Denúncia é do vereador Emerson Minho (PP), que levantou suspeita sobre a realização do gasto

A Prefeitura Municipal de Feira de Santana, centro-norte da Bahia, gastou R$ 800 mil em aluguéis de banheiros químicos e cadeiras de rodas para os festejos juninos nos distritos do município. A denúncia é do vereador Emerson Minho (PP), que levantou suspeita sobre a realização da despesa e cobrou explicações por parte da gestão. Minho argumenta que, analisando-se proporcionalmente, há a possibilidade do Município ter gasto mais verba pública com a contratação dos equipamentos do que no orçamento voltado às apresentações artísticas.

“Fico imaginando onde foram parar estas cadeiras. A verdade é que não tinha gente na festa, mas tinham cadeiras de rodas à vontade”, reiterou.

Ao citar os distritos de Bonfim de Feira e Maria Quitéria (antigo São José) como alguns dos locais beneficiados com os equipamentos alugados, Emerson Minho questionou a regularidade da despesa. Nestes locais, de acordo com ele, os eventos desagradaram quem estava trabalhando na comercialização de produtos.

“Tinha tanto banheiro, mas o que vimos foram comerciantes tendo muitas dificuldades. É que as atrações estavam cantando para o vento”, disse. Inclusive, a pequena parcela de público que participou, como observou o vereador Luiz da Feira (PP), que também questionou. “Em Bonfim de Feira, por exemplo, meus conterrâneos ficaram tristes por não ter uma atração de peso na programação da localidade”, disse.

O parlamentar Silvio Dias (PT) diz que além de não terem colocado artistas que geralmente atraem grande público, faltou investimento da Prefeitura na divulgação da festa junina dos distritos.

“Temos que valorizar os artistas locais. É preciso programar atrações que tenham apelo maior para a população participar. Por falta disto, vimos as pessoas se deslocando para as cidades do entorno, e gerando situações como a que vimos em Bonfim de Feira. O local estava completamente vazio”, finalizou.

Prefeito pode ter gasto mais verba pública com contratação dos equipamentos do que no orçamento voltado às apresentações artísticas – 

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