Zé Ronaldo (DEM) e Rui Costa (PT)
A um dia da eleição, o governador Rui Costa, candidato à reeleição por uma coligação liderada pelo PT, e o ex-prefeito de Feira de Santana José Ronaldo, nome do DEM ao governo baiano, têm expectativas absolutamente contrárias em relação ao pleito.
A equipe de Rui Costa acredita que ele ganha no primeiro turno com entre 70% e 80% dos votos válidos (excluindo-se brancos, nulos e indecisos). Já a de José Ronaldo espera uma virada, baseada na sua adesão de última hora ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).
Fenômeno eleitoral que torna imprevisível o resultado da eleição à Presidência da República amanhã, a qual pode ser definida tanto no primeiro quanto passar ao segundo turno, que ocorreria em 28 de outubro, o capitão reformado virou uma febre no interior do Estado.
Por este motivo, Ronaldo tenta a todo custo pongar em sua popularidade, tendo promovido, inclusive, um ato ontem em Feira, seu reduto político e eleitoral, para o “novo correligionário”.
Mas o time de Rui Costa acha que a mudança de apoio do candidato do DEM do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) para o do PSL terá efeito mínimo sobre ele. Aliás, diz ter captado, por pesquisas, uma onda verdadeiramente contrária a Ronaldo depois da sua decisão de apoiar Bolsonaro.
Pela forma como virou a casaca, o candidato do DEM estaria sendo considerado “oportunista” e “traidor” pelo eleitor. É esperar até amanhã para ver se os dados da equipe do governador se confirmam em relação ao adversário do DEM.
Em todo caso, Rui estará nesta manhã com o presidenciável do PT, Fernando Haddad, em Feira de Santana. Numa resposta ao ato que Bolsonaro ganhou ontem no município, naturalmente. O petista pretende levar uma multidão às ruas.