quinta-feira, 28 março, 2024

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Escolas enviam cartas para professores; sindicato fala em “pressão” e “assédio”

Escolas privadas da capital baiana começaram a convocar seus professores para o retorno ao trabalho presencial, seguindo decisão da prefeitura de Salvador que marcou a volta às aulas para a próxima segunda-feira (3). Os comunicados enviados aos profissionais pelas instituições de ensino vão de encontro à decisão tomada pela categoria em assembleia ocorrida na última quarta-feira (28). No encontro remoto, 98% decidiram pelo não retorno das atividades presenciais até que a vacinação da categoria esteja concluída.

Diretora do Sindicato dos Professores no Estado da Bahia (Sinpro-Ba), entidade que representa os professores de escolas privadas no estado, Cristina Souto, aponta que essa é uma atitude comum das instituições. As cartas, contudo, não mudam o posicionamento da categoria. “A categoria diz em alto e bom som que não vai voltar presencialmente e as escolas insistem em enviar essas cartas como se nada estivesse acontecendo. A gente só pode entender que elas estão contando com o assédio, pressão e constrangimento para fazer os professores voltarem”, avalia.

Segundo a representante, a atitude é mais comum com as chamadas grandes escolas, mas não é exclusiva dessas escolas mais caras da cidade. “Não é surpresa para ninguém e a gente sabe que não se faz um movimento sem enfrentamento. A gente tem as nossas armas e eles têm as deles. Alguns deles, infelizmente, colocam o emprego das pessoas em cheque em plena pandemia”, diz Souto.”As escolas todas fazem, algumas de uma forma mais direta, com esses comunicados, outras ligam, fazem uma intimidação um a um. As escolas menores usam aquele discurso da dificuldade financeira, como se os professores devessem ter pena das escolas”, conta.

 

 

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