segunda-feira, 29 abril, 2024

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Ferrys abandonados geram gasto anual de R$ 140 mil

A embarcação Mont Serrat está fora de operação há 20 anos e tem a estrutura bastante comprometida. Já o Ipuaçu, está desativado há 5 anos e também já está sucateado.

De acordo com informações divulgadas pela TV Bahia e o portal G1, duas embarcações que faziam parte do sistema ferry boat, que faz a travessia entre Salvador e a Ilha de Itaparica, estão abandonadas em uma marina na Baía de Aratu, em Simões Filho, região de metropolitana de Salvador. Cento e quarenta mil reais são gastos por ano pelo Governo do Estado para manter os ferries, que já são quase sucata, no local.

A embarcação Mont Serrat está fora de operação há 20 anos e tem a estrutura bastante comprometida. Já o Ipuaçu, está desativado há 5 anos e também já está sucateado.

No ferry Mont Serrat, por exemplo, os efeitos do tempo estão espalhados pelo casco. O aço está corroído e alguns buracos na estrutura estão aparentes. A vegetação cresce na estrutura de aço. Há sinais de infiltração por todo o navio e furos em toda parte do convés. Quando a maré fica cheia, o porão fica enxarcado.

O engenheiro naval Marcos Parahyba explicou  que a embarcação só não afundou ainda porquê passa por uma manutenção diária. “Está sendo feito um bombeamento 4h por dia. Mas, se esse bombeamento não for feito, ela pode afundar em menos de 24h. Em 18h. Com chuva, também, piora a situação, porque o convés dela não é estanque. Então, além da entrada de água pelas perfurações do casco, voc~e tem entrada de água também pelo convés”, contou o engenheiro.

A equipe de reportagem da TV Bahia teve acesso ao interior da embarcação Ipuaçu. Na parte de dentro, no salão principal da embarcação, o cenário é de abandono. Cadeiras estão jogadas pelo chão, parte do teto desabou há muitos de coletes salva-vidas. Muitos deles nem foram usados, ainda estão dentro das embalagens, mas fora do prazo de validade.

A Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), responsável pela manutenção das embarcações, diz que vai regularizar a documentação dos dois ferries e leiloá-los. No entanto, na avaliação do engenheiro naval Marcos Parahyba, o Mont Serrat não serviria nem mais para ser vendido como sucata. Ele explica que qualquer tentativa de rebocar o navio, pode fazer com que ele afunde.

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