sexta-feira, 29 março, 2024

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Jaime Sodré, historiador e escritor, morre aos 73 anos em Salvador

Jaime Sodré era doutor em História da Cultura Negra. Educador morreu na tarde desta quinta-feira (6), em casa


O historiador, escritor e professor Jaime Santana Sodré Pereira, doutor em História da Cultura Negra, morreu em Salvador nesta quinta-feira (6), aos 73 anos. A informação foi confirmada ao portal G1 por familiares do educador.

Ainda não há detalhes sobre o que causou a morte de Sodré, nem onde o corpo dele será sepultado. Ele era viúvo e deixa dois filhos. Sodré era professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba), antigo Cefet.

Jaime Sodré era graduado em Licenciatura e Desenho pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (Ufba). O educador também possuía mestrado em Teoria e História da Arte, e desenvolveu um trabalho sobre a influência da religião afro-brasileira na obra do artista plástico e também escritor Mestre Didi.

Entre 1995 e 2011, Sodré publicou diversos artigos sobre a Cultura Negra, como a antologia “Literatura e afrodescendência no Brasil”, além do livro “Da diabolização à divinização: a criação do senso comum”, publicado pela editora Edufba.

Durante toda a sua carreira acadêmica, Sofré ganhou diversos prêmios, como o troféu Caboclo da Associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu (2005) e o 2º lugar no Prêmio Funarte (2003), além de homenagens como a medalha Zumbi dos Palmares, da Câmara Municipal de Salvador.

Sodré também fez parte do Conselho do Olodum, entre o final da década de 1990 e o ano 2000. Em 2012 ele participou da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), na mesa “A diáspora e seu avesso”, mediada pelo também educador Jorge Portugal, que morreu em Salvador na segunda-feira (3).

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