terça-feira, 1 julho, 2025

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Justiça manda Sírio pagar R$ 577 mil a médica

Hospital informou que “se manifestará na Justiça do trabalho, onde o processo está em tramitação”

A médica Gabriela Munhoz, demitida do hospital Sírio-Libanês por supostamente ter vazado exames da ex-primeira dama Marisa Letícia, ganhou uma ação na Justiça do Trabalho. A juíza Isabel Cristina Gomes, da 16ª Vara do Trabalho de São Paulo, reverteu a justa causa aplicada e condenou o hospital a pagar R$ 577 mil de indenização por danos morais à profissional

O Sírio afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que “se manifestará na Justiça do trabalho, onde o processo está em tramitação”.

O site jurídico “Migalhas” teve acesso à decisão judicial, que corre em segredo de justiça. A juíza concluiu que as informações passadas pela médica a um grupo de Whatsapp, formado exclusivamente por médicos, não eram do hospital e não dependiam de acesso ao prontuário ou a outros exames realizados em Marisa

Já a imagem do laudo realizado em outro hospital já estava circulando em várias redes sociais, segundo a sentença.

Na sentença, a magistrada levou em conta o horário em que o plantão da médica acabou, anterior ao horário de admissão de Marisa. Além disso, quando as mensagens foram publicadas, a internação já era pública.

“Um empregador diligente, cuidadoso, teria tomado todas as medidas necessárias para a efetiva e irresistível apuração dos fatos de maneira a não deixar dúvidas sobre a autoria, enquadramento legal da conduta e grau de culpa da autora”. considera Isabel Cristina Gomes. Ela afirma que houve culpa do hospital ao demitir a médica sem uma investigação mais apurada.

De acordo com o “Migalhas”, a médica juntou vasta documentação “comprovando as ameaças que injustamente recebeu, bem como a enorme repercussão junto à imprensa nacional na época dos fatos”

Além da indenização, o Sírio-Libanês foi condenado a pagar verbas rescisórias, apuradas em liquidação da sentença. O hospital pode recorrer.

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