Pelo visto o debate sobre uma possível mudança de circuito no Carnaval está longe de terminar. Presente no VI Fórum do Carnaval de Salvador, que começou nesta quarta-feira, 18, o presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington, falou ao Portal A TARDE sobre as questões envolvendo o circuito Barra-Ondina e a criação de um novo percurso na orla da Boca do Rio.
Isaac reafirmou que não há possibilidades da Barra-Ondina ser substituída em 2025. No entanto, ele disse que a análise deve voltar a acontecer após a folia do ano que vem.
“É uma discussão que, para 2025, está morta. Acho que após 2025, depois da gente avaliar o Carnaval, haverá o retorno dessa discussão. A prefeitura está super aberta, tanto para ficar como para ampliar esse circuito. Então, vai depender muito dessa conjuntura, de um consenso”.
Isaac lembrou ainda que a saída da Barra/Ondina não é um consenso entre artistas, moradores e poder público, mas reconheceu que é preciso fazer melhorias para o carnaval do próximo ano.
“A gente teve problemas que começaram na madrugada, com quebra de alguns equipamentos, em alguns momentos houve também uma grande quantidade de gente no circuito, ao ponto da Secretaria de Segurança Pública ter que segurar um pouco o circuito. Tivemos a queda de energia […] Isso já é um é uma sinalização. Mas já começamos a pensar nisso, inclusive, equilibrar melhor essa questão das atrações e fazer uma pressão maior nos proprietários dos equipamentos para vistorias”, concluiu.
Em entrevista ao Programa A TARDE Eleições, o prefeito e candidato à reeleição em Salvador, Bruno Reis (União), afastou a possibilidade de exclusão do Circuito Dodô, o Barra/Ondina, do Carnaval em 2025.
O gestor avaliou que o resgate da festividade momesca no Centro permitiu um alívio no Circuito Barra/Ondina, garantindo sua continuidade. Caso seja reeleito, Bruno também prometeu reforçar o sábado de Carnaval no Campo Grande, permitindo uma redução no fluxo de pessoas no circuito da orla.
Reis apontou que o maior problema do circuito Barra/Ondina é a falta de espaço para comportar o grande fluxo de pessoas, o que acaba gerando problemas na estrutura da festividade.
“O problema da Barra é que está numa península, então chegar e sair é uma dificuldade. O transporte público é um problema e até a distribuição de equipamentos, como banheiros químicos, é complicada por falta de espaço. Mas com esse reequilíbrio dos circuitos, será possível oferecer um serviço de qualidade na Barra”, garantiu Bruno Reis.
Abertura do Carnaval em 2023 na Barra –