quinta-feira, 18 abril, 2024

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Número de matrículas no ensino superior aumenta na Bahia

A Bahia tem três alunos no ensino superior privado para cada um matriculado em universidades públicas, segundo dados do Censo da Educação Superior 2017, divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao Ministério da Educação. Os dados mostram a expansão das instituições privadas no estado, onde, de um total de 133 instituições do ensino superior, apenas 10 – seis  federais e quatro estaduais – são públicas. Estas, são responsáveis pela educação de 102.239 alunos, enquanto os demais 321.760 estão nas particulares, somando  423.999 estudantes.

Em comparação com 2016, os dados apontam para aumento das matrículas nas instituições particulares e redução nas públicas. A  Bahia teve um total de 422.320 alunos matriculados naquele ano, sendo 310.181 nas privadas, enquanto nas públicas o número chegou a 112.139. Para especialistas em educação, a pesquisa reflete os investimentos do governo federal, nos últimos anos, em bolsas de estudo parcial ou integral para ingressos de pessoas de baixa renda em faculdades particulares, via programas de financiamento, como o Fies e o ProUni, e a melhoria da qualidade do ensino das instituições privadas.

Hoje em dia, na análise desses especialistas, tanto as universidades publicas, que até um tempo atrás era a escolha direta para alunos que se dedicam mais aos estudos, quanto as privadas possuem capacidade de fornecer educação superior de igual para igual, e às vezes melhor – a depender do curso. É o caso, por exemplo, do curso de engenharia elétrica. Na Bahia, de acordo com o Inep, são 33 instituições que oferecem este curso, seis  públicas e 27 particulares. Douglas Pinto da Silva, 25, é um dos 5.310 futuros engenheiros elétricos, ele está no sexto semestre na Universidade Salvador (Unifacs).

O estudante conta que se interessou pela instituição depois de fazer nela mesmo um curso técnico em eletroeletrônica, por meio do Pronatec, programa do governo federal que promove o acesso ao ensino técnico e emprego. “Gostei muito a da estrutura e dos professores, da liberdade de criação que temos”, destacou. Mas não foi fácil entrar no curso. Antes, chegou a estudar engenharia eletrônica na Faculdade Rui Barbosa   por três semestres, até que fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de novo e ganhou uma bolsa integral para estudar na Unifacs.

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