O Verão, sobretudo na Bahia, é um convite às festas, praias, diversas atividades ao ar livre e também aos exageros. E, por conta dos excessos, a estação mais quente do ano também exige cuidados redobrados com a saúde, inclusive com os olhos. “De modo geral, o sol e o calor estimulam as pessoas à socialização e ao contato mais próximo, mas é recomendável avaliar os riscos e evitar as aglomerações típicas dessa época do ano, uma vez que isso favorece o contágio por vírus e bactérias que podem ocasionar conjuntivites e também pelo próprio novo coronavírus“, orienta Cristine Libório, oftalmologista do Instituto de Olhos Freitas, empresa do Grupo Opty em Salvador.
O que é muito bem-vindo nas altas temperaturas, sem precauções, também pode se tornar um vilão. Sol, vento e o uso frequente de ar-condicionado podem levar ao ressecamento ocular e à ceratite – inflamação na córnea. Além disso, como informa a oftalmologista, os efeitos nocivos da radiação solar são cumulativos, podendo acarretar problemas a curto, médio e longo prazos, que vão desde queimaduras nas pálpebras (fotodermatite), conjuntiva (fotoconjuntivite) e córnea (fotoceratite), até a aceleração de lesões relacionadas ao envelhecimento da pele das pálpebras (fotoenvelhecimento), do cristalino (catarata) e da retina (degeneração da mácula relacionada à idade) ou ao processo inflamatório crônico, com o surgimento do pterígio e de tumores malignos palpebrais e oculares.
Vale lembrar que o período é voltado à conscientização sobre o câncer de pele. Mas o alerta também deve ser estendido para os cuidados com a região dos olhos. De acordo com Cristine Libório, alguns tumores palpebrais têm íntima relação com a exposição excessiva à radiação ultravioleta (UV), como os carcinomas espinocelulares. Assim, para evitar maiores riscos, é fundamental proteger-se com boné, chapéu, sombrinha e óculos escuros, como também evitar o sol nos horários de pico de emissão UV.
“A exposição excessiva à radiação solar danifica a delicada pele das pálpebras causando desde rugas até câncer de pele. Então, invista em óculos de sol de qualidade e com 100% de proteção UV. Armações que oferecem ampla cobertura, protegendo também as pálpebras, são convenientes para aqueles que não são adeptos a chapéus. Mesmo em dias nublados, saiba que os raios do sol atravessam a névoa e são tão nocivos quanto em um dia bem ensolarado”, diz a especialista.
Qualquer idade
O médico Murilo Barreto, oftalmologista da OftalmoDiagnose, que é outra unidade do Grupo Opty na Bahia, conta que a boa higiene é a principal recomendação para todos, seja qual for a estação. “Evite tocar nos olhos com as mãos sujas. Higienizar bem as mãos, lavando com água e sabão e, quando não for possível, usar álcool em gel 70%, são as dicas efetivas na prevenção de diversas doenças“, comenta o oftalmologista. Para ele, todas as faixas etárias merecem atenção nos cuidados com a saúde ocular no Verão:
– Crianças: Não esquecer de protegê-las com chapéu. Óculos escuros não são acessórios exclusivos para uso adulto! Existem óculos escuros específicos para essa faixa etária, resistentes ao impacto e à água.
– Jovens e adultos: Lembrem-se de que é altamente contraindicado o uso de lentes de contato em praia, piscina e mar. Providenciem óculos escuros, de natação ou de mergulho com grau.
– Idosos: Além dos cuidados básicos, vale dar uma atenção especial à proteção da pele, que é naturalmente mais fina nessa faixa etária, especialmente na região das pálpebras. Além disso, o colírio lubrificante também é essencial, já que nessa idade o olho seco é muito mais comum. É importante saber que não é somente o corpo que necessita de hidratação reforçada no Verão.
O que é pterígio?
Popularmente conhecido como “carne no olho” ou “olho de surfista”, o pterígio é caracterizado pelo crescimento de tecido conjuntival, uma membrana, em um (mais comum) ou nos dois olhos. Apesar de benigno, esse distúrbio pode causar desconforto, sensação de corpo estranho, secura, ardor, olhos avermelhados, fotofobia e inflamação ocular. “O pterígio, em seus estágios iniciais, habitualmente não leva ao comprometimento da visão. No entanto, sua presença pode provocar alterações da córnea, com aparecimento de astigmatismos elevados que, muitas vezes, não são corrigidos pelos óculos“, conta Murilo Barreto.
Por ser mais habitual em pessoas expostas ao sol, mar e vento, o alerta é para a necessidade de a população redobrar os cuidados preventivos, sobretudo para quem reside em regiões mais quentes e pessoas que trabalham e realizam frequentemente atividades ao ar livre. O problema é tão comum que chega a afetar cerca de 25% dos indivíduos de alguns países e regiões. O pterígio é mais frequente entre os 20 e 40 anos de idade. Também é considerado mais corriqueiro em homens do que em mulheres.
Normalmente, é uma lesão que cresce de forma lenta, ao longo da vida. Quando os sintomas são moderados, é possível tratar com colírios anti-inflamatórios ou lubrificantes oculares. Mas é preciso estar atento ao seu crescimento e sintomas, além do incômodo estético. Em casos mais avançados, contudo, o pterígio pode crescer de maneira mais rápida ou comprometer a área central da córnea a ponto de interferir na visão do paciente. A intervenção médica é indispensável para evitar esta situação. “Nas cirurgias para remoção, atualmente é possível usar uma cola biológica, em vez da sutura com fios convencionais, o que aumenta o conforto pós-operatório e, dependendo da técnica utilizada, pode diminuir o risco de recidiva do problema”, relata.
O pterígio é um problema mais tipicamente associado à exposição à radiação UV e ao Verão, mas a prevenção deve ser constante. “A medida mais eficaz para prevenir o pterígio é fazer uso de óculos de sol, com proteção à radiação ultravioleta, principalmente para aquelas pessoas que realizam muitas atividades em ambientes externos. É importante lembrar que, mesmo em dias nublados, a incidência da radiação UV não deve ser negligenciada“, comenta Murilo Barreto. “É importante que as pessoas não esperem ter sintomas para procurar um oftalmologista. Um check-up anual é fundamental para a boa saúde dos olhos, antecipando futuros problemas”, conclui.
Sobre o Opty
O Grupo Opty nasceu em abril de 2016, a partir da união de médicos oftalmologistas apoiados pelo Pátria Investimentos, que deu origem a um negócio pioneiro no setor oftalmológico do Brasil. O grupo aplica um novo modelo de gestão associativa que permite ampliar o poder de negociação, o ganho em escala e o acesso às tecnologias de alto custo, preservando a prática da oftalmologia humanizada e oferecendo tratamentos e serviços de última geração em diferentes regiões do País. Nesse formato, o médico mantém sua participação nas decisões estratégicas e concentra seu foco no exercício da medicina.
Atualmente, é o maior grupo de oftalmologia da América Latina, agregando 26 marcas, totalizando 81 unidades, mais de 2.850 colaboradores e 1350 médicos oftalmologistas. Além das marcas próprias HOBrasil (BA, DF, RJ e SP) e Centro Oftalmológico Dr. Vis (PE, RJ e SC), fazem parte dos associados: o Hospital Oftalmológico de Brasília (DF), Hospital de Olhos INOB (DF), Hospital de Olhos do Gama (DF), Visão Hospital dos Olhos (DF), Instituto de Olhos Freitas (BA), o DayHORC (BA), Instituto de Olhos Villas (BA), Oftalmoclin (BA), OftalmoDiagnose (BA), Hospital de Olhos Santa Luzia (AL), Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem (SC), Centro Oftalmológico Jaraguá do Sul (SC), Sadalla.Smart (SC), HCLOE (SP), Visclin Oftalmologia (SP), Eye Center Oftalmologia (RJ), COSC (RJ), Oftalmax Hospital de Olhos (PE), UPO Oftalmologia – Unidade Paulista de Oftalmologia (SP), HMO – Hospital Medicina dos Olhos (SP), Visão Center (PE), ÍrisOftalmo (PE) e CEOP – Centro de Olhos do Pará (PA). Visite www.opty.com.br.