Em contato com o Portal A TARDE, eleitores de diversos bairros de Salvador relataram passar por uma longa espera na hora de pegar o ônibus, neste domingo, 28, de segundo turno das eleições 2018. De acordo com os passageiros, em regiões como Cajazeiras, Ondina, Piatã, Itapuã, Pernambués e Dique do Tororó, o tempo médio de espera tem sido de 30 minutos.
“A impressão que tive é que estava em um dia de feriado. Levei cerca de 40 minutos para pegar um ônibus para a Estação Mussurunga, e neste tempo só passavam ônibus via Estação Pirajá. Todos vinham lotados, até mesmo o meu, quando chegou”, contou o publicitário Diogo Andrade, que saiu de Cajazeiras com destino à Estação Mussurunga.
A esteticista Cláudia Oliveira também está em uma situação parecida. Ela já está no ponto de ônibus da Av.Manoel Dias da Silva há cerca de uma hora. Das três opções de linha que espera – Tancredo Neves, Mata Escura e Jardim Santo Inácio – nenhuma chegou durante o período.

Frota de 100%
Em nota, a prefeitura declarou que segue operando com 100% da frota. Conforme o Secretário Municipal de Mobilidade Urbana (SEMOB), Fábio Mota, apenas um problema com a quebra de um ônibus foi registrado em Nova Constituinte, região do Subúrbio Ferroviário, mas que o veículo já havia sido substituído. Um ofício solicitando a demanda teria sido enviado pela SEMOB.

“Estamos operando como se fosse um dia útil, igual ao primeiro turno das eleições. Com exceção do problema no Subúrbio, tudo segue normalmente”, afirmou.
Apesar da garantia, Fábio Mota recebeu uma notificação do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA). O ofício, encaminhado por meio do Grupo de Trabalho para Combate às Violações à Liberdade de Manifestação Política, levou em consideração o recebimento de denúncias sobre a redução na frota de ônibus, o que teria dificultado a votação dos eleitores em Salvador.
Outros ofícios também foram encaminhados ao comando da Polícia Militar da Bahia exigindo que o órgão realizasse uma verificação nas garagens das empresas de transporte público para apurar a suposta retenção de ônibus.
A reportagem tentou entrar em contato com o consórcio Integra Salvador, mas não obteve resposta.

*Sob supervisão de Nelson Luís