O início da operação conjunta foi acompanhado na Joana Angélica pelo prefeito ACM Neto e pelo vice Bruno Reis, além do comandante geral da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), coronel Anselmo Brandão, dentre secretários municipais e imprensa. Prevista para começar no sábado passado (9) e adiada devido às fortes chuvas no fim de semana, a iniciativa, desenvolvida pela Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), tem duração de sete dias e envolve restrição de atividades comerciais nos três locais, inclusive do comércio informal, exceto farmácias, supermercados, bancos e lotéricas.
Além disso, é aplicada restrição viária no horário das 7h às 19h e apenas veículos de moradores com apresentação do comprovante de residência, transporte coletivo e delivery estão autorizados passar pelos locais. Na Boca do Rio, essa restrição acontece especificamente na Rua Hélio Machado e, em Plataforma, na região do Largo do Luso.
Proteção à vida – O prefeito fez questão de salientar que esta não é uma operação de isolamento e segregação de pessoas. “Pelo contrário, é uma operação que articula um conjunto de ações de proteção à vida, que é a nossa principal preocupação nesse momento”, afirmou. Ele completou também que o cruzamento de dados hoje demonstra um grande potencial de crescimento de novos casos de coronavírus na capital baiana.
“A partir do êxito dessa operação, que poderá ser estendida a outros bairros da cidade, vai nos permitir diminuir a taxa de transmissão e evitar a adoção do lockdown, ou seja, a determinação de todos recolhidos em casa. E, para que essa medida tenha êxito, é necessária a colaboração de cada cidadão”, destacou ACM Neto. O gestor disse ainda que, a depender do resultado da operação, ela poderá ser prorrogada ou mesmo adotada em outras localidades de Salvador.
Os critérios para escolha dos locais são a quantidade de novos casos de coronavírus; aumento do número de passageiros do transporte coletivo; elevação da quantidade de veículos circulando; e de estabelecimentos interditados.
Apoio social – Para minimizar o impacto social causado pelas medidas, a Prefeitura oferece à população dessas localidades distribuição de máscaras; aplicação de testes rápidos em postos fixos; medição de temperatura; e ações de higienização nas ruas e de enfrentamento ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Além disso, são levados os serviços do Centro de Referência e Assistência Social (Cras), administrado pela Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre), para atendimento à população.
Os ambulantes e feirantes que atuam nesses locais têm acesso à cesta básica a ser oferecida pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop). O benefício será concedido mesmo se o trabalhador estiver recebendo outros auxílios dos governos municipal e federal, a exemplo do Salvador por Todos e o benefício emergencial de R$600 da União.
Próximo bairro – Na Pituba, que registra hoje 85% do número de veículos circulando pelo bairro, a estratégia de regionalização das ações funcionará sem a interdição do tráfego e envolve o fechamento do calçadão no trecho entre a Arena Aquática de Salvador, na Praça Wilson Lins, até o Centro de Convenções de Salvador, já na Boca do Rio. No bairro, também estará proibido o funcionamento de qualquer atividade comercial, exceto supermercados, farmácias, bancos e lotéricas. As medidas também terão validade de sete dias e entram em vigor nesta quarta (13).