Para o vereador, a ideia que se passa para o público é que fomentar o debate de políticas antirracistas não parece agradar aos editores dos sites, blogs, TVs e rádios.
“Não vejo a mídia nacional dando o mesmo espaço e apoio às lives de artistas e grupos ativistas do movimento negro durante a pandemia. São toneladas de alimentos arrecadados pelo Olodum e Ponto de Equilíbrio, só para citar algumas bandas que recentemente promoveram shows online para o público de forma gratuita”. O questionamento é do vereador Luiz Carlos Suíca (PT), ao defender maior divulgação de eventos que ajudam a debater o racismo estrutural na sociedade brasileira.
Para o vereador, a ideia que se passa para o público é que fomentar o debate de políticas antirracistas não parece agradar aos editores dos sites, blogs, TVs e rádios.
Patrocínios
“Sabemos que os patrocínios pesam nessas lives, mas também influenciam nesta questão racial. Só faça doação para artistas comprometidos com a luta racial. Não tenho dúvida que a preferência da mídia seja por artistas brancos. Com o momento difícil que vivemos da crise sanitária e mortes por condutas criminosas e racistas, não podemos baixar a cabeça em momento algum. Somos alvos das balas perdidas, ou achadas”, defende Suíca.
O vereador ressalta que não há espaço para tratamentos desiguais. E descreve que o mesmo espaço, independentemente de
patrocínio, ao menos na programação das lives, deveria contar com os nomes dos artistas negros.
“Ao menos isso. Eles estão arrecadando e doando toneladas de alimentos e alcançando milhões de pessoas pelo mundo a fora. Há muitos brasileiros morando em outros países que estão acompanhando e, também, sentem falta desse mesmo espaço que questiono. É um detalhe importante, que sempre aconteceu, mas que agora está ainda mais acentuado. Precisamos reagir”, complementa Suíca.