Suíca aponta que pouco mais de 20% dos deputados federais escolhidos pelo voto popular em 2018 são negros. Ele defende que o TSE destine verba pública, que nas eleições municipais deste ano soma R$2 bilhões, seguindo critério racial, obedecendo a proporção de candidatos negros e brancos de cada partido. “Alguns partidos, como o PT, já cumprem com a determinação para as candidaturas do sexo feminino. Então, acredito, que o TSE deva seguir essa mesma diretriz. Seriam 30% do Fundo Especial de Financiamento de Campanha [FEFC] e do tempo destinado à propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Existe uma votação em andamento e dois ministros já votaram a favor”.
Para o edil petista, a fala do relator Luís Roberto Barroso, inclusive, explicita que o racismo no Brasil está impregnado em sua estrutura de poder. “Barroso apontou que a sociedade brasileira já amadureceu para admitir ‘que a democracia racial que se acreditava existir no país não passa de uma ilusão’”. Para Suíca, isso é fundamental para ser tratado dentro do processo judiciário. “Enfrentamos mais do que um problema individual. Usando as palavras e Barroso, ‘o racismo está inserido nas estruturas políticas, sociais e econômicas, e no funcionamento das instituições’, é isso que possibilita e reforça a desigualdade de oportunidades para o povo preto deste país”, completa o vereador soteropolitano.